1. O que é lixo eletrônico
Muitas pessoas entendem por lixo eletrônico os Spams que são enviados em seu e-mail. Mas, quando você descarta um equipamento eletrônico que não possui mais utilidade, você esta gerando lixo eletrônico, também conhecido como “e-lixo”. São materiais como pilhas, baterias, celulares, computadores, televisores, DVDs, CDs, rádios, lâmpadas fluorescentes, e muitos outros, que se não tiverem uma destinação adequada, vão parar em aterros comuns e contaminando o solo, e as águas trazendo danos para o meio ambiente e para a saúde humana.
O problema é que o tempo de utilização destes produtos é cada vez menor. E não é porque eles deixaram de funcionar, mas, sim, porque com a rapidez da modernidade tecnológica, os aparelhos tornaram-se ultrapassado em uma velocidade assustadora. No Brasil, por exemplo, o tempo médio de uso de um celular é inferior a dois anos e um computador é de quatros anos, nas empresas e cinco nas residências.
Hoje, no pais tem 130,5 milhões de celulares. Se daqui a dois anos todos forem trocados, aonde é que vai parar esta montanha de celulares descartados. E o que fazer daqui quatro anos ou cinco com os 50 milhões de computadores em uso nas empresas e residências brasileiras?
Segundo a ONG Greenpeace, estima-se que é produzido, todos os anos, cerca de 50 milhões de toneladas de lixo eletrônico, que corresponde a 5% de todo resíduo produzido na terra. Isso representa um volume suficiente para lotar uma locomotiva, com vagões que dariam a volta ao mundo.
A boa noticia é que parte deste lixo pode ser reutilizado em equipamentos novos ou reciclado em outros produtos. Basta que as pessoas deem destinos adequados a esse lixo.
2. Curitiba e ONG reciclam lixos eletrônicos
Vinte cinco toneladas de computadores e eletro domésticos que estavam fardados para ir para o lixo foram retiradas das ruas do Paraná em um projeto envolvendo o poder jurídico e uma ONG.
Os aparelhos podem ate ser recuperados sendo doados a escolas e entidades filantrópicas.
Desde outubro de 2009, o Biet (Instituto Brasileiro do Eco Tecnológico) funciona em um barracão cedido pela prefeitura de Curitiba no bairro Sitio Cercado.
O local serve para armazenar os equipamentos e como ponto de triagem para verificar o que pode ser reaproveitado ou desmontado para reciclar peças.
Fernando Fraletti, diretor técnico do Beit, afirma que em dois meses os primeiros computadores recuperados começarão a ser entregues. Já estão prontos para doação 170 monitores e 250 CPUs.
Segundo Fraletti, as instituições atendidas devem ter em mente que o computador doado, em caso de danos permanentes no futuro, deverá retornar para o Biet.
A ideia é evitar que o computador seja atirado ao lixo comum e comprometendo a filosofia ecológica do trabalho da ONG.
Cada tipo de material removido dos equipamentos tem uma destinação diferente. O plástico e o cobre, por exemplo, vão para a empresa que tenha técnicas especiais para desmanchar e reaproveitamento do material.
“O importante é evitar que as peças que contenham produtos químicos continuam a parar em aterros sanitários, onde a decomposição do material toxico pode contaminar o solo” , afirma Fraletti.
A doação dos equipamentos a Biet é por meio de agendamento.
São aceitos computadores, terminais de telefones, celulares, impressoras, aparelhos de Tv, rádios, pilhas, baterias, eletrodomésticos portáteis, filmadoras, ferramentas elétricas, aparelhos de DVD e brinquedos eletrônicos.
3. Perigo
Na composição dos equipamentos eletrônicos existem substancias toxicas como o mercúrio, chumbo, cádmio, belírio e arsênio- altamente perigoso à saúde humana. Alem disso, para produzir os aparelhos também são utilizados compostos químicos retardantes de chamas e PVC, que demoram séculos para se decompor no meio ambiente. Em contato com o ar, as águas e o solo, e por exposição direta ou indireta via água de abastecimento e alimentos, essas substancias podem provocar distúrbios no sistema nervoso, problemas renais e pulmonares, câncer e outras doenças, podendo inclusive afetar o celebro.
Os elementos pesados, com alta concentração no lixo eletrônico, tem a prioridade da bioacumulação nos organismos vivos e, dessa forma, se estende por toda a cadeia trófica, isto é, toda a cadeia alimentar, chegando ao topo onde se encontra o homem.
4. Doenças químicas
O que cada elemento químico pode causar no organismo humano
· Chumbo – provavelmente, o elemento químico mais perigoso; acumulam-se nos ossos, cabelos, unhas, celebro fígado e rins; causa dores de cabeça e anemia, mesmo em baixa concentração; age no sistema nervoso, renal e hepático.
· Cobre – causa intoxicação; afeta o fígado.
· Mercúrio – altamente toxico concentração entre três e 30 g, podem ser fatal ao homem; é de fácil absorção por via cutânea e pulmonar; tem efeito cumulativo; provoca lesões no celebro; tem ação teratogênica (má formação do feto durante a gravidez).
· Cádmio – acumula-se nos rins, fígado, pulmões, pâncreas, testículos e coração; causa intoxicação crônica; provoca descalcificação óssea, lesões nos rins e afeta os pulmão; tem efeito teratogênico e cancerígeno.
· Bário – tem efeito vasoconstritor, eleva a pressão arterial e age no sistema nervoso central; causa problemas cardíacos.
· Alumínio – favorece a ocorrência do mal de Alzheimer e tem efeito toxico sobre as plantas.
· Arsênio – acumula-se nos rins, fígado, o sistema digestivo, baço, pulmão, ossos e unhas pode provocar câncer de pele e nos pulmões, anormalidade cromossômica; tem efeito teratogênico.
· Cromo – acumula-se nos pulmões, pele, músculos tecido adiposo; pode causar anemia, afetar o fígado e os rins; favorece a ocorrência de câncer pulmonar.
· Níquel – tem efeito cancerígeno.
· Zinco – entra na cadeia alimentar afetando principalmente os peixes e as algas.
· Prata – tem efeito cumulativo; 10g de nitrato de prata é letal ao homem.
A contaminação no homem pode ocorrer pelo contato direto com os elementos químicos, que entram na fabricação dos equipamentos eletrônicos. Isso acontece principalmente com os que manipulam as placas e os circuitos eletrônicos sem o devido cuidado. É o caso de muitos trabalhadores que, sem outra fonte de recurso, dedicam-se a recuperar aparelhos do lixo para derreter as placar e comercializar o metal.
Ocorre também de outra forma: com o lixo eletrônico jogado em aterros não controlados. Aos metais tóxicos podem contaminar o solo e atingir o lençol freático, interferindo na qualidade do manancial. Caso a água venha a ser utilizada na irrigação, criação de gado ou mesmo no abacimento publica, o homem pode ser afetado.
Para que possamos morar em um mundo limpo deveremos fazer a nossa para, e ensinar as outras pessoas a limpar a sua casa: reduzir o consumo de produtos surperfolos, reutilizar Maximo possível um produto antes de descartar e fazer a reciclagem correta para evitar qualquer problema com a natureza.